quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Economia do Mar em 2020!


Economia do Mar no Brasil também pode ser um vetor do desenvolvimento. Um bom exemplo vem de Portugal. A atividade econômica, do conhecimento e social do mar continua crescendo. No entanto, para assegurar seu crescimento e desenvolvimento sustentado é preciso o reforço das ações de política pública sobre a Economia do Mar de Portugal.
  
Álvaro Ornelas*


Reunião dos 10 anos do European Boating Industry. 
 Bruxelas, Novembro, 2019


O ano de 2020 iniciou com excelentes notícias para o mar, uma delas foi-nos dada na apresentação do “LEME – Barómetro PwC da Economia do Mar”, onde com base na análise aos dados recolhidos os indicadores demonstraram que o “Mar português” continua a crescer, uma conferência excelente, realizada no dia 11 de Janeiro no pavilhão do conhecimento.
Estes resultados confirmam os dados que a Comissão Europeia disponibilizou no “The 2019 annual economic report on the EU blue economy” que revelam um crescimento da economia do mar em Portugal entre 2009 e 2016 de 26,7%.

Certificações Internacional impulsionam o mercado. 
Viagem de Benchmarking, Liguria, 2017.


Ora, se associarmos estas informações facilmente podemos reconhecer resiliência à atividade económica, do conhecimento e social do mar, resultado de uma forte capacidade de empenho e dinamismo dos seus atores, quer sejam eles trabalhadores, empreendedores, empresários, investigadores e ou agentes sociais e culturais.

É também demonstrado que mesmo em momentos de crise e de alguma turbulência, indecisão e estagnação o “Mar português” mobiliza-se e desenvolve-se. Imagine-se se conseguíssemos alinhar a vontade, determinação e perseverança dos seus atores com ações de política pública do mar adequadas e necessárias!

Mas na verdade o começo do ano não podia ser melhor, inclusive da parte do Governo e Ministra do Mar que se desdobram num anunciar de novas medidas, sendo algumas delas de elevada importância para o desenvolvimento da política pública do mar, como é o caso do novo diploma do regime jurídico do transporte marítimo, que associado à lei para a segurança armada a bordo de navios de bandeira portuguesa aumentam as condições para o crescimento da nossa competitividade neste sector econômico.

Outro caso é o Plano de Situação do Ordenamento do Espaço Marítimo, que está na fase final do processo de aprovação e nos oferece um mapeamento e zoneamento do espaço marítimo, permitindo aos atores nacionais e internacionais perceberem o potencial de investimento no “Mar português”.

Promoção de experiências turísticas no Salão Náutico de Gênova. 

Viagem de Benchmarking, Liguria, 2015.



Ainda outro é a aposta nas energias renováveis offshore oceânica, assumida como uma prioridade estratégica pela senhora Ministra do Mar, sendo essencial para tal a conclusão da implementação da zona piloto de energias renováveis oceânicas.

E o anúncio do aumento em cerca de 24% da capacidade de capturas de peixe em 2019, facto que oferece novas condições não só para uma redução da nossa dependência das importações de pescado, como naturalmente melhora as oportunidades para continuar o crescimento das nossas exportações dos produtos da indústria de transformação do pescado.

Associação dos saberes e fazeres locais ao mercado da gastronomia náutico-global. 
Pensamento: GLO-CAL, pensar global e agir localmente.  

Viagem de Benchmarking, Cogonelo, Liguria, 2017.



No entanto, para que tudo isto não esmoreça é preciso reforçar e melhorar o desempenho de algumas ações da política pública do mar, em particular reforçar as medidas que promovam a colaboração e articulação entre os parceiros do mar, o financiamento e a captura de investimento interno e externo, a sua imagem de marca e o plano comunicacional, pois o empenho de pessoas e profissionais em fazer da Economia do Mar um segmento econômico ativo e ao mesmo tempo um vetor de conservação ambiental, novos investimentos e mais empregos e renda para incluir as pessoas pela melhor forma, por meio de VAGAS DE EMPREGO.

A estratégia vem dando certo em PORTUGAL e no BRASIL pode ser um diferencial na essência náutica da Amazônia, do Pantanal, dos rios, dos lagos e de nosso gigante litoral.

Para todos os amigos e parceiros dos negócios desejo sempre, mais e mais, 

Sucesso em 2020  !!

Ornelas. 

#ECONOMIAdoMAR #SmartSEA #EssenciaNAUTICA 

*Ornelas é um thinktank da Essência Náutica do Brasil, Fundador e Presidente da ANCORA (Ass. Nacional  de Cooperação em Redes de Apoio à Economia do Brasil do Brasil) também desenvolveu o Pólo Náutico de Tijucas por meio do conceito SMART SEA criado por sua empresa, a OSN CONSULTORIA. É sócio em marinas no Brasil e fundou o Complexo Náutico TMC.

Referência Bibliográfica: 
LEME – Barómetro PwC da Economia do Mar. 

Fonte: 
Abílio Martins Ferreira - Gestor e analista de políticas públicas. 
Álvaro Ornelas - Diretor da OSN CONSULTORIA e Presidente da ANCORA do Brasil
Mirna Ciennowicz - Diretora do Grupo Benetau da França e ex-Secretaria Geral do EBI. 

Imagem:
Assessoria de Comunicação da UCINA; 
Assessoria de Comunicação do EBI - European Boating Industry; e
Assessoria de Comunicação do Ministério da Economia do Mar de Portugal.  

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