Economia
do Mar no Brasil também pode ser um vetor do desenvolvimento. Um bom exemplo
vem de Portugal. A atividade econômica, do conhecimento e social do mar
continua crescendo. No entanto, para assegurar seu crescimento e
desenvolvimento sustentado é preciso o reforço das ações de política
pública sobre a Economia do Mar de Portugal.
O ano de 2020 iniciou com excelentes
notícias para o mar, uma delas foi-nos dada na apresentação do “LEME –
Barómetro PwC da Economia do Mar”, onde com base na análise aos dados
recolhidos os indicadores demonstraram que o “Mar português” continua a
crescer, uma conferência excelente, realizada no dia 11 de Janeiro no pavilhão
do conhecimento.
Estes resultados confirmam os dados que
a Comissão Europeia disponibilizou no “The 2019 annual economic report on the
EU blue economy” que revelam um crescimento da economia do mar em Portugal
entre 2009 e 2016 de 26,7%.
Certificações Internacional impulsionam o mercado.
Viagem de Benchmarking, Liguria, 2017.
Ora, se associarmos estas informações
facilmente podemos reconhecer resiliência à atividade económica, do
conhecimento e social do mar, resultado de uma forte capacidade de empenho e
dinamismo dos seus atores, quer sejam eles trabalhadores, empreendedores,
empresários, investigadores e ou agentes sociais e culturais.
É também demonstrado que mesmo em
momentos de crise e de alguma turbulência, indecisão e estagnação o “Mar
português” mobiliza-se e desenvolve-se. Imagine-se se conseguíssemos alinhar a
vontade, determinação e perseverança dos seus atores com ações de política
pública do mar adequadas e necessárias!
Mas na verdade o começo do ano não podia
ser melhor, inclusive da parte do Governo e Ministra do Mar que se desdobram
num anunciar de novas medidas, sendo algumas delas de elevada importância para
o desenvolvimento da política pública do mar, como é o caso do novo diploma do
regime jurídico do transporte marítimo, que associado à lei para a segurança
armada a bordo de navios de bandeira portuguesa aumentam as condições para o
crescimento da nossa competitividade neste sector econômico.
Outro caso é o Plano de Situação do
Ordenamento do Espaço Marítimo, que está na fase final do processo de aprovação
e nos oferece um mapeamento e zoneamento do espaço marítimo, permitindo aos atores
nacionais e internacionais perceberem o potencial de investimento no “Mar
português”.
Promoção de experiências turísticas no Salão Náutico de Gênova.
Viagem de Benchmarking, Liguria, 2015.
Ainda outro é a aposta nas energias renováveis
offshore oceânica, assumida como uma prioridade estratégica pela senhora
Ministra do Mar, sendo essencial para tal a conclusão da implementação da zona
piloto de energias renováveis oceânicas.
E o anúncio do aumento em cerca de 24%
da capacidade de capturas de peixe em 2019, facto que oferece novas condições
não só para uma redução da nossa dependência das importações de pescado, como
naturalmente melhora as oportunidades para continuar o crescimento das nossas
exportações dos produtos da indústria de transformação do pescado.
Associação dos saberes e fazeres locais ao mercado da gastronomia náutico-global.
Pensamento: GLO-CAL, pensar global e agir localmente.
Viagem de Benchmarking, Cogonelo, Liguria, 2017.
No entanto, para que tudo isto não
esmoreça é preciso reforçar e melhorar o desempenho de algumas ações da
política pública do mar, em particular reforçar as medidas que promovam a
colaboração e articulação entre os parceiros do mar, o financiamento e a
captura de investimento interno e externo, a sua imagem de marca e o plano
comunicacional, pois o empenho de pessoas e profissionais em fazer da Economia
do Mar um segmento econômico ativo e ao mesmo tempo um vetor de conservação
ambiental, novos investimentos e mais empregos e renda para incluir as pessoas
pela melhor forma, por meio de VAGAS DE EMPREGO.
A estratégia vem dando certo em PORTUGAL
e no BRASIL pode ser um diferencial na essência náutica da Amazônia, do
Pantanal, dos rios, dos lagos e de nosso gigante litoral.
Para todos os amigos e parceiros dos
negócios desejo sempre, mais e mais,
Sucesso em 2020 !!
Ornelas.
#ECONOMIAdoMAR #SmartSEA
#EssenciaNAUTICA
*Ornelas é
um thinktank da Essência Náutica do Brasil, Fundador e Presidente
da ANCORA (Ass.
Nacional de Cooperação em Redes de Apoio
à Economia do Brasil do Brasil) também desenvolveu o Pólo Náutico de Tijucas
por meio do conceito SMART SEA criado
por sua empresa, a OSN CONSULTORIA. É sócio em marinas no Brasil e fundou
o Complexo Náutico TMC.
Referência
Bibliográfica:
LEME – Barómetro PwC
da Economia do Mar.
Fonte:
Abílio Martins
Ferreira - Gestor e analista de políticas públicas.
Imagem:
Assessoria de
Comunicação da UCINA;
Assessoria de Comunicação do EBI - European Boating Industry; e
Assessoria de
Comunicação do Ministério da Economia do Mar de Portugal.
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