segunda-feira, 14 de novembro de 2022

TURISMO NÁUTICO. Aceleração Economica de Território.

 Entrevista com Álvaro Ornelas, consultor da OSN CONSULTORIA que voluntariamente COORDENA O GTT NAUTICO SC


                      

ORNELAS afirma que setor náutico de grandes embarcações não sofreu impacto com a crise, e as empresas poderia estar exportando barcos se tivessem mais design, gestão internacional e certificações de qualidade para vendas na Europa e Estados Unidos.

Foto: Marcos Horostecki/ND

Como o Grupo de Trabalho do Turismo Náutico está contribuindo com o Polo Náutico de Tijucas?
– Atualmente são várias frentes de trabalho para o fortalecimento da economia do mar de Santa Catarina, tendo Tijucas como um dos grandes potenciais reais de mercado para auxiliar a indústria, comércio, serviços e turismo náutico. O Grupo de Trabalho Náutico, que é um órgão da Secretaria de Estado de Turismo, está atuando no desenvolvimento do turismo e serviços relacionados à economia do mar, em conjunto com a Fecomércio, FIESC, e principalmente com o apoio do SEBRAE que viabiliza ações de benchmarking e auxiliar na organização  do setor.  
– Porque você acha que isso demorou tanto para acontecer em Tijucas?
Dentro do GT, Tijucas é o case que mais acelerou seu processo de desenvolvimento em toda a Santa Catarina.
-Mas esse potencial é de conhecimento geral bem antes da criação do GT…
Bem, mas foi só em 2013 que o município começou a atuar em conjunto com o governo do Estado nessa questão e começamos a vislumbrar o potencial de Tijucas, trabalhando de forma cooperada. Eu diria que o projeto acelerou muito desde que fomos chamados. Foi muito rápido, em menos de quatro anos houve uma mudança de comportamento e interesse na exploração do grande potencial que tem Tijucas nessa área.
-Pela sua experiência, o que vai acontecer primeiro no Polo Náutico?
O que acontece primeiro é a instalação do Tijucas Marine Center, que é um investimento 100% privado e que já começou a atrair empresas para Santa Catarina. Empresas do Rio de Janeiro, empresas de São Paulo que estão interessadas em um espaço com uma estrutura adequada para recebe-los e que a área localizada de frente para o mar tem plenas condições de oferecer.
E qual seria o potencial do Polo Náutico?
Acredito que Tijucas, nos próximos 20 anos, vai ser uma cidade que vai viver da economia do mar. Vai voltar a viver da economia do mar, porque tem espaço, está geograficamente posicionada entre mercados consumidores, como São Paulo, Porto Alegre e Buenos Aires e é também uma cidade em que os terrenos disponíveis são acessíveis do ponto de vista financeiro, comparado à região metropolitana da Capital e a região do Vale do Itajaí. Então, o potencial das áreas existentes aqui chama a atenção de todo o mercado do mar.
-O problema da boca da barra não prejudica esses investimentos?
Esse problema pode se alimentar e ganhar realmente um valor de mercado, para sensibilizar autoridades para a necessidade de investimento que ele exige. Porque até 2013, fazer os molhes na boca da barra era a única solução, o que é uma inverdade. O potencial da cidade é tão grande, que existe outras alternativas, que já são realidade e que não dependem da solução do problema para atrair um investimento da ordem, por exemplo, de R$ 70 milhões, que é o que vai garantir o Tijucas Marine Center. A estratégia da cidade para o mar é mais importante que a solução da boca da barra.
-E essa estratégia está consolidada?
Sim, porque a cidade procurou o GT Náutico para isso, em 2013. Em 2014 aprovou uma lei de incentivo municipal para atrair empresas. Em 2015 organizou a participação da cidade numa feira internacional. Foi até a Itália mostrar para os italianos que tem o potencial e 2016 tem um investimento privado confirmado que se chama Tijucas Marine Center. Cada ano um passo certo para um resultado consistente. Esse é o principal ganho. A boca da barra continua sendo um problema, mas com esses investimentos a solução dele fica bem mais próxima.
-Sabemos que o mercado náutico é um mercado de capital intensivo, que precisa de grande circulação de dinheiro. Essa situação do País, com a crise, o que ela impacta nesse projeto?
Na náutica, as embarcações de 40 pés em diante nunca sofreram com crise alguma no Brasil. Nunca vão sofrer. Assim como todo o mercado de alto luxo e alto padrão. Nenhuma das marcas de carros, por exemplo, como a Land Rover, sofreu com a crise. Esse segmento é fiel e tem clientes no Brasil de alto padrão que vão continuar comprando. O Brasil não faliu, o Brasil está em crise, é diferente. Claro que tudo abaixo disso não está acontecendo. Aquelas embarcações menores, de 30 pés, 20 pés, as de lazer, essas estão em situação complicada, porque o cidadão não vai deixar de financiar um carro novo para comprar um barco, porque não está sobrando dinheiro. Nós temos um segmento em Santa Catarina que são os estaleiros que produzem as embarcações de lazer, para a pesca e para mergulho, que custam o valor de um carro. Esse segmento sim foi afetado, mas nós acreditamos que logo sairá da crise também.
-Como fica a pesca nesse contexto, já que Tijucas tem uma relação muito forte com ela?
Eu vejo nesse primeiro momento que o potencial de Tijucas inclui as pessoas que residem na cidade e que estão envolvidas no setor, inclusive quem já está no mercado da pesca. Essa cidade respira náutica. Ela já foi náutica no passado e por alguma estratégia do passado ela deixou de ser. De cada dez tijuquenses, oito já estiveram dentro do mar ou conhecem as condições do mar. Isso é matéria prima. Não tem lugar nenhum no planeta que possua esse tipo de mão de obra. O que precisamos é capacita-los, para que eles estejam adaptados às novas tecnologias. Por isso a gente acredita que, talvez no ano que vem já venham os primeiros cursos, em parceria entre o Senai e o governo do Estado.
-Esse núcleo pode vir a ajudar também para que a região se beneficie de alguma forma pelo transporte marítimo?
O Polo Náutico de Tijucas tem tudo para contribuir com isso. Estamos trabalhando inclusive no processo de atrair cruzeiros para a Baía de Tijucas e para a Baia Norte e Baia Sul da região metropolitana. Mas tudo isso está alicerçado em uma carta náutica. E a última de Tijucas é de 1957. Isso custa R$ 800 mil e demora 60 dias para ficar pronto. É como se fosse fazer um asfalto e hoje não temos isso. E isso impacta no transporte aquaviário, importa no setor náutico, na maricultura e na segurança de quem navega. Perdemos muito com isso e estamos trabalhando para que isso aconteça e, no futuro, por exemplo, o polo náutico de Tijucas possa ser usado não só para desembarque de cruzeiros, mas para a manutenção de todas as embarcações que circulam pela região.

Cliente:  Secretaria de Turismo de Santa Catarina | GTT NAUTICO SC
Evento:  Entrevista N                    Data: 25.08.2016


segunda-feira, 7 de novembro de 2022

SMART SEA: Criado o Programa Manguel Legal para Santa Catarina.

Palhoça, será a cidade piloto do Programa Mangue Legal, idealizado pelo Instituto Ambiental Palhoça Menos Lixo de forma voluntária. 

                                   

  

                                        Presidente: Leo Quint, "o amor e a união movem montanhas"

A Associação Educativa Shalom em sinergia com a iniciativa do grupo ANCORA da Economia Do Mar, criou uma "consórcio do bem" em pról da Conservação do Manguezal de Palhoça em Santa Catarina. 

O Instituto Ambiental Palhoça Menos Lixo desenvolveu o projeto Mangue Legal. E fez o lançamento em Março de 2022. O qual agora, granha o nível de PROGRAMA MANGUE LEGAL e passa a contar com quatro projetos e 46 ações distintas para a conservação ambiental dos mangues, são eles:  

(i) Projeto Viveiro Interpretativo Pedagógico 

(ii) Projeto Escola do Mangue  

(iii) Projeto Limpeza do Manguezal > Espaço do Museu do Mangue

(iv) Projeto de Monitomento do Mangue

Agora aquela proposta avança para um programa ambiental, o PROGRAMA MANGUE LEGAL de Santa Catarina. Que une os esfoços de diversas entidades da sociedade civil organizada. 

- Associação Dos Pescadores da Foz do Rio Imaruí 

- Instituto Ambiental Palhoça Menos Lixo 

- Associação Educativa Shalom de Santa Catarina 

- Agência ANCORA da Economia do Mar 

- Rotary Club de Palhoça 

- CDL de Palhoça 

- Policia Militar Ambiental de Santa Catarina 

- Corpo de Bombeiros de Santa Catarina 

e um grande número de voluntários, os quais formam a grande rede de trabalho de conservação para os mangues de Santa Catarina, e, como, piloto - os voluntários e amigos do município de Palhoça. 


 
Voluntária Verônica, da ONG Palhoça Menos Lixo 
em entrevista sobre o lançamento da ideia do Projeto Mangue Legal, Março de 2022. 



PROGRAMA MANGUE LEGAL

OBJETIVO GERAL

Execução, em regime de colaboração com outros órgãos e instituições, de um conjunto de ações que possibilitem a reabilitação ambiental e proteção dos manguezais no Estado de Santa Catarina. 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Elaborar um diagnóstico da situação dos manguezais do Estado de Santa Catarina e realizar o mapeamento das áreas de mangues; 

- Fomentar a implantação de viveiros para produção de mudas nos municípios do litoral alagoano; 

- Realizar ações para reabilitação ambiental de manguezais em áreas selecionadas; 

- Elaborar o plano de ação para conservação da fauna dos manguezais; 

- Realizar ações de educação ambiental direcionadas para a proteção dos manguezais. 

ESCOPO

Considerando que o presente PROGRAMA MANGUEL LEGAL diz respeito às ações que visam ao diagnóstico, recuperação e proteção dos manguezais do Estado de Santa Catarina, espera-se, enquanto resultado do trabalho, o efetivo cumprimento dos objetivos específicos elencados, na busca da conservação dos recursos hídricos, da fauna e da flora, com vistas a mapear a situação dos manguezais, a criação de viveiros, a elaboração do plano de ação para a conservação da fauna, bem como ações de educação ambiental, tudo direcionados à proteção desses ecossistemas. 

NÃO ESCOPO

A priori, o projeto possui caráter educativo, visando a preservação e recuperação das áreas de manguezais, não tendo o condão de adotar medidas coercitivas, porém buscar a responsabilidade civil de quem vive e convive na reagião dos mangues, com foco no Município de Palhoça, e apartir daquela experiência a ser aplicada, replicar de forma adptada aos municípios das Baias Norte e Sul na Região Metropolitnana de Florianópolis e também na Região Metropolitana de Joinville, nos muncípíos que integram a Baia Babitonga. 

Fonte: Instituto Ambiental Palhoça Menos Lixo e Associação Educativa Shalom de Santa Catarina.