sexta-feira, 30 de setembro de 2022

🚢⚓ 30 de Setembro - Dia Mundial da Navegação.

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O emrpeendoro Carl Hoepcke é um ícone da Economia do Mar no Sul do Brasil. Celebrar o dia 30 de setembro (dia mundial da navegação), temos que citar o grande navio Carl Hoepke: construído em Hamburgo, na Alemanha, em 1926, o transatlântico Carl Hoepcke contava com 62,40 metros de comprimento e 10,96 metros de largura e calado máximo de 12 pés (3,66 metros). 

O navio chegou a Florianópolis, vindo da Alemanha, numa manhã de domingo, após 27 dias de viagem e carregado com 898 toneladas de carvão, em julho de 1927, para integrar a frota da Empresa Nacional de Navegação Hoepcke (ENNH). As máquinas com potência de 12 mil HP moviam duas hélices para uma marcha de 12 milhas por hora. O navio, Carl Hoepcke também contava com equipamentos de radiotelegrafia, frigorífico com máquina para produzir gelo e aparelhos contra incêndio e para desinfecção, um ícone para a navegação Brasileira.  

A Empresa Nacional de Navegação Hoepcke tinha o Porto de Florianópolis como sua base principal e possuía neste, localizado na Praia de Rita Maria, seu cais de navios, seus trapiches, armazéns e um estaleiro - o Arataca. A empresa possuía quatro navios e muitas outras embarcações, mas o Carl Hoepcke era seu grande orgulho. 

 O transatlântico era um navio moderno, sofisticado e luxuoso para a época. Acomodava 50 passageiros na primeira e 60 na segunda classe, e ainda contava com dois camarotes de luxo. A embarcação possuía dois salões: 

Refeitório com mesas redondas e cadeiras giratórias e “Fumadoiro” com divãs e poltronas de couro. No refeitório um piano que ficava ao canto, tocado pelo 1º telegrafista e pianista Cristaldo Araújo, animava as noites a bordo. Pratarias e louças finas davam requinte ao ambiente. 

 O navio Carl Hoepcke propiciou entre os anos de 1927 a 1960 a forma mais elegante de viajar e a “união” mais luxuosa entre Florianópolis e o resto do Brasil. O “Carl Hoepcke” fazia a alegria da cidade quando atracava no cais Rita Maria. Era recebido até com bandas de música. Acidente com o “Carl Hoepcke” Um acidente colocaria um ponto final nos tempos de glória da embarcação e daria início ao seu declínio. 

 Depois de transportar passageiros em viagens de luxo por quase trinta anos, o transatlântico Carl Hoepcke, no início da tarde de 27 de Setembro de 1956, vivenciou uma grande tragédia: Um incêndio irrompeu na casa de máquinas e dominou o navio. A embarcação que tinha saído pela manhã do porto de Santos e estava a aproximadamente 15 milhas do local. Os 130 passageiros que estavam a bordo, em pânico, se jogavam ao mar. Vários ficaram feridos e um morreu afogado. Um outro passageiro, que não sabia nadar, ficou 27 horas na água agarrado a um pedaço de madeira. O fogo só foi debelado no dia seguinte. O navio sinistrado foi salvo por uma arriscada, perigosa, e bem operada manobra efetuada pelos seus tripulantes. Segundo Wellington Martins, ex-marítimo da Companhia Hoepcke "Para apagar o fogo foi preciso afundar o navio e depois trazê-lo de volta, numa operação delicada e perigosa, mas que deu resultado”. Reformado no Estaleiro Arataca, o Carl sofreu a transformação de navio de passageiro para navio cargueiro, perdendo assim o glamour que encantava a população de Florianópolis. 

 Em 1964, a Empresa Nacional de Navegação Hoepcke foi desativada na ocasião e seu porto, o de Rita Maria, foi fechado definitivamente. O Carl Hoepcke, que mudou de nome e função ao ser transformado em cargueiro após o incêndio, foi vendido para um armador do norte do país. Foi visto maltratado, com muita ferrugem e rebatizado Paissandu, ou segundo outras fontes de Pacaembu, num porto do norte do país. 

 Tempos depois, o antigo cargueiro catarinense foi revendido a empresários de São Paulo que o rebocaram até Santos, já que ele não possuía motores. O navio foi reformado e convertido em um restaurante e boate flutuante de nome Recreio. Ancorado na Praia do Góes, com movimentação feita por rebocadores, tinha permissão para fundear a entrada da Barra. O Carl Hoepcke, agora Recreio, alegrou os santistas por muito tempo. Porém, o mar revolto e os fortes ventos causados por um temporal arrebentaram as amarras que ligavam a embarcação ao cais e fizeram o Recreio atravessar, como um navio fantasma, a boca do canal 6, vindo dar nas areias da Ponta da Praia de Santos. 

Assim, na madrugada de 26 de fevereiro de 1971, o navio Carl Hoepcke, transmutado Recreio, encalha a 100 metros da avenida Bartolomeu Gusmão e vira manchete de jornal. Uma estranha e inexplicável demora na indecisão do que fazer com o barco encalhado fez com que ele ficasse naquela situação durante mais de 30 anos e o transformaram em um “navio fantasma”. Uma solução lógica seria tirar o navio encalhado com rebocadores. Isso até foi tentado, mas quem disse que ele saía! 

Optou-se, então, pelo desmonte “na base” do maçarico e estão nesta até hoje. O navio teve suas estruturas desmontadas e removidas do local sobrando parte do casco e outras peças enterradas na areia, que a dinâmica do ambiente marinho, em 1999, tratou de trazer a superfície. 

 A situação ficou um tempo esquecido pelos prefeitos e pela Marinha. O entulho enferrujado da velha embarcação, de quando em quando, aflorando das areias. Em 14 de janeiro de 2006, a Prefeitura de Santos começou a retirada dos destroços do navio encalhado na Ponta da Praia. Os trabalhos estão a cargo da Secretaria do Meio Ambiente, Defesa Civil e Terracom Engenharia Ltda. 

A remoção das ferragens acabou virando atração para turistas e moradores que passam pela região. A retirada de toda a embarcação é difícil de ser feita, já que o casco está muito enterrado. Segundo a Prefeitura de Santos os destroços, enterrados em grande profundidade, devem permanecer diante das dificuldades para sua remoção. 

 Em menos de 40 anos, o navio de luxo, que tanto encantou os florianopolitanos, se transformou em sucata. 

Mas atualmente parte do navio encontra-se em exposição permanente no Armazém Rita Maria, um empreendimento dos trizanetos do fundador da empresa. 

Legado para a Ilha de Santa Catarina, onde era o estaleiro operava além das fábricas de prego do grupo. 

Sou fá de empreendedores e de pessoas que investem no mar. Minha homenagem a esta "lobo do mar". 

Suce$$o, 

Atenciosamente,  

Álvaro ORNELAS
🎯💪🙏


Texto: 
Jornalista Walter Pacheco | Itajaí - SC

Imagem: 
Instituto Carl Hoepck

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Reflexão "Economia do Mar", atualmente no Brasil.

 


Se a resposta a qualquer uma das duas for sim, mude imediatamente. Caso contrário, fique como está.

Há duas perguntas que determinam se você tem de mudar ou não:

1. a preferência ou necessidade do seu cliente mudou?

2. haveria uma forma melhor de atender esta preferência ou necessidade?





Texto: Ricardo Amorim 
Imagem: BIC Company



sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Mercado Verde.


Uma pesquisa realizada pela CVA Solutions, em parceria com o Grupo BXG, com três mil pessoas, aponta o grau de envolvimento dos consumidores quando o assunto são as práticas ESG, de responsabilidade ambiental, social e de governança, e o quanto essas práticas determinam a escolha de uma marca em detrimento de outra. 


Os investimento ESG é olhar para os riscos sistêmicos a que as empresas estão expostas.

Todas as empresas estão expostas em maior ou menor grau a esses riscos, externos à sua atividade:, ambientais, sociais e de governança.

A forma como se lida com esses riscos, essa gestão, fará a diferença na sua relação com o mercado.  

Recomendável que qualquer empresa, de qualquer setor, inclusive setor público, tenha um projeto ESG. Seja por exigências institucionais, seja por custo de oportunidade, seja como diferencial competitivo.

Esse relatório vai tornar público o que se faz certo, o que está errado, mas se está tomando providências (quais), o que se faz a mais (ótimo) e o que se pretende fazer nos próximo anos. Tudo fundamentado em dados.

"GANHA QUEM SE PREOCUPA"

  • US$30 trilhões em ativos sob gestão são gerenciados por fundos de investimentos que definiram estratégias sustentáveis (mais de 50% deste número na Europa e 25% nos EUA).

  • US$ 37,8 trilhões é o montante que o mercado mundial deve ter acumulado em ativos ESG no fim de 2021 (Em 2025, esse valor deve avançar para US$ 53 trilhões, ou um terço dos ativos projetados para serem negociados no período).

  • Brasil tem cerca de R$ 700 milhões alocados em ações que respeitam o ESG (não chega nem a 0,13% de todo o montante aplicado em fundos).

  • 1,4 Milhão de brasileiros compraram ao menos um produto sustentável em lojas online entre junho de 2019 e maio de 2020.

  • Estudo realizado pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) com 79 empresas brasileiras mostra que 95% delas possuem o tema de ESG como prioridade nas agendas corporativas.

  • 67% possuem uma estrutura formal responsável pelo acompanhamento e administração dessas questões.

  • Em 2020, 95% dos índices de sustentabilidade performaram melhor que os índices de bolsas que não adotam esses critérios.

  • De janeiro a julho, as emissões de títulos sustentáveis e com características ESG somaram US$ 577 bilhões - US$ 100 bilhões a mais que todo o volume do ano passado. A expectativa é que no começo de 2022, o montante ultrapasse US$ 1 trilhão (Green Bonds, Sustainaible Bonds, Sustainability-Linked Bonds).

Por Jeronimo Roveda. 

Bibliografia Consultada: 

 https://municipios.rankingdecompetitividade.org.br/camadas-esg-e-ods