Smart sea: Ordem para Orlas do Brasil

 XI Conferências sobre Turismo, Ordenamento para a economia do mar e tecnologia aplicada. 

Por Alvaro Ornelas. 

O evento Boat Show 2025, recebeu a 11ª Conferência Nacional de Turismo Costeiro e Marítimo, organizada pela Federação Italiana de Turismo, Associação de Marinas e Associação da Indústria Marítima.

Destaque Internacional: O Consultor Internacional e think tank idealizador do Smart Sea, Álvaro Ornelas, esteve presente, representando a ANCORA (Associação Nacional de Cooperação em Redes de Apoio à Economia Azul) na conferência. Sua participação sublinhou a relevância dos temas de ordenamento costeiro e a crescente interconexão entre os mercados náuticos europeu e global, como evidenciado pela análise prévia sobre as oportunidades no Brasil.

O painel contou com a presença de Piero Formenti (Presidente da Associação Italiana da Indústria Marítima), do Deputado Gimmi Cangiano (Presidente do Intergrupo Parlamentar sobre a Indústria Náutica), Roberto Perocchio (Presidente da Assomarinas) e outras autoridades.

Marinas em Expansão, Regulação em Atraso

Dados da pesquisa conduzida pela Assomarinas e pela Federação Italiana de Turismo confirmaram uma tendência positiva pelo quinto ano consecutivo. Após o período de COVID-19, a busca por experiências ao ar livre impulsionou o turismo náutico.

• Crescimento: As marinas foram beneficiadas pelo bom desempenho do mercado de usados, pelo aumento nas frotas de barcos e iates para aluguel (chartering) e pelo crescimento da frota internacional de superiates (cerca de 2.000 unidades com mais de 30 metros visitam as costas italianas, especialmente Ligúria, Sardenha do Norte e Golfo de Nápoles).

• Investimento: As marinas estão investindo significativamente para se adaptar aos novos tamanhos de embarcações, e as previsões de crescimento se mantêm positivas até 2026.

• Obstáculo Crítico: O ponto crucial levantado foi a urgente necessidade de atualizar os regulamentos e reformar o Decreto Presidencial n. 509 de 1997. Novas regras são essenciais para conferências de serviços, para o reajuste de concessões e para um enquadramento fiscal mais competitivo.

Para fortalecer a oferta italiana, a Associação Italiana da Indústria Marítima e a Assomarinas anunciaram que sediarão a próxima Conferência Mundial de Marinas da ICOMIA (Conselho Internacional de Associações da Indústria Marítima) em Veneza, de 15 a 17 de Outubro.

Fortalecimento do Cluster Marítimo Italiano

O dia foi marcado por duas ações de cooperação e estratégia nacional:

1. Acordo de Cooperação Indústria-Agenciamento: Foi assinado um Memorando de Entendimento entre a Associação Italiana da Indústria Marítima e a Federagenti (Associação de Agentes Marítimos). O acordo, assinado pelos presidentes Piero Formenti e Paolo Pessina, estabelece um diálogo permanente para o compartilhamento de dados setoriais, organização conjunta de eventos e consulta sobre atividades de advocacy para promover a economia azul.

2. Reunião do Grupo Técnico da Confederação Geral da Indústria (Confindustria): O Grupo Técnico para a Economia do Mar, liderado por Mario Zanetti, se reuniu no Salão Náutico. O objetivo central é confrontar as instituições para definir a estratégia nacional focada em três pilares: Infraestrutura e Portos, Transportadoras e Frotas, e Competências.

• Anúncio Chave: Foi anunciada a criação do Comitê Científico sobre a Economia do Mar da Confindustria, um órgão permanente que apoiará a definição rigorosa de estratégias, monitorando o impacto das políticas e promovendo o diálogo entre empresas, instituições e o mundo acadêmico.

• Eventos Regionais: Também foi anunciado o primeiro evento nacional “Ligúria e Gênova, Capital da Economia do Mar 2026” (16 e 17 de abril de 2026), que se tornará um evento anual para a cadeia de suprimentos azul.

Tecnologia e Sustentabilidade em Foco

O calendário de conferências da tarde abordou temas de ponta para o futuro da náutica:

• Inovação e Sustentabilidade: A conferência “Traçando um curso para a Náutica com Emissão Zero: Inovação Tecnológica e Sustentabilidade” destacou pesquisas de universidades italianas e da Fincantieri.

• Digitalização e IA: Outros painéis exploraram o uso de Inteligência Artificial (IA) no design e gestão de barcos, além da conferência “Navegando na Mudança: Do Vento à Nuvem”, focada em tecnologia e futuro, organizada pelas Fundações Ansaldo e Leonardo.

• Tributação e Competitividade: Uma conferência técnica discutiu a Reforma Tributária e a Competitividade no setor náutico, analisando temas como fraude de IVA, territorialidade de serviços e a evolução do leasing náutico após a reforma de 2020.

O dia encerrou com a apresentação do Troféu 151 Miglia Cetilar 2026, uma regata offshore, e o lançamento do livro de Antonio Caprarica na VIP Lounge.

Fonte:

ASCOM Ganova Boat Show. 

Imagem:

Revista Boat Industry, em co-work com a Revista Mar Catarina, 

Smart Sea: Salão Náutico de Gênova: Visão Europeia Positiva, olhos voltados para o Brasil.

 

Salão Náutico de Gênova: Visão Europeia Positiva, olhos voltados para o Brasil

Apesar do balanço extremamente positivo e dos números recordes da 65ª edição do Salão Náutico Internacional de Gênova, o evento também serviu de palco para análises estratégicas sobre a Economia Azul global.

Nesse contexto, a ANCORA (Associação Nacional de Cooperação em Redes de Apoio à Economia Azul) fez uma leitura positiva do mercado náutico europeu, reconhecendo sua consolidação, inovação e o sucesso comprovado por eventos como o de Gênova.

                                                

No entanto, o think-tank da Economia do Mar, sob a análise de Ornelas, apontou que as maiores oportunidades de crescimento e desenvolvimento não estão mais no saturado mercado europeu, mas sim no Brasil.

A análise sugere que, embora a Europa mantenha sua liderança em know-how e infraestrutura de eventos, o mercado brasileiro, com sua imensa costa, rios navegáveis e crescente interesse por lazer náutico, apresenta um potencial de expansão significativamente maior e menos explorado. Essa perspectiva alinha-se ao clamor do Presidente Piero Formenti, da Confindustria Nautica, por mais apoio e infraestrutura do país, reconhecendo a necessidade de fortalecer a visibilidade da indústria italiana em novos mercados como o brasileiro.

Um dos pontos altos do evento foi a rica programação de conferências, incluindo o Forum25, patrocinado pela Comissão Europeia, que reuniu especialistas e líderes para discutir o futuro do setor.

Referências: 

Conversa exclusiva, da Revista Mar Catarina com o Presidente Piero Formenti. 

Revista Marina Industry, setembro 2025. 

Imagens:

ASCOM - Salão Nautico de Genova, 2025.  

Smart Sea >> Criar o futuro de Tijucas/SC

Tijucas, orlas do rio e do mar, organizada para crescer. 

A economia de Tijucas está em plena transformação, com seu futuro sendo moldado por uma visão estratégica pioneira. Desde 2013, o consultor internacional e "think tank" da Economia do Mar, Álvaro Ornelas, tem liderado um processo de aceleração econômica que integra negócios em terra e no mar.

Essa iniciativa não se limita a um projeto isolado; ela é a base para o desenvolvimento de um polo náutico que coloca Tijucas no mapa global. Ao alinhar os setores de indústria, comércio, serviços e turismo, a proposta de Ornelas criou um modelo sustentável que gera riqueza e oportunidades, transformando a cidade em um centro de referência.

O presente e o futuro de Tijucas são, portanto, o resultado de uma visão estratégica que soube identificar e potencializar o vasto potencial econômico da região.

O Conceito Smart Sea é uma abordagem estratégica desenvolvida por Álvaro Ornelas, um consultor e "think tank" reconhecido na área da Economia do Mar no Brasil.

Esse conceito visa transformar a gestão de territórios com potencial marítimo, fluvial e lacustre, alinhando desenvolvimento econômico com sustentabilidade. A essência do Smart Sea é atuar como uma bússola, organizando a complexidade da Economia do Mar para que cidades, empresas e sociedade civil possam agir de forma coordenada e eficiente.

A Estrutura do Smart Sea

O Smart Sea não é apenas uma ideia, mas um modelo prático. Ele direciona a atuação dos agentes do setor náutico, que é composto por quatro pilares interligados:

• Indústria: Estaleiros e fabricantes.

• Comércio: Revendas, lojas de equipamentos e insumos.

• Serviços: Marinas, oficinas, escolas de navegação e transportes.

• Turismo Náutico: Eventos, roteiros, pesca e mergulho.

Ao integrar esses elementos, o conceito cria um "hypercluster" que maximiza o potencial de crescimento.

O Caso de Tijucas: Da Teoria à Realidade

O trabalho de Álvaro Ornelas teve em Tijucas, Santa Catarina, o seu principal projeto-piloto. O conceito Smart Sea foi a base para uma série de iniciativas que transformaram a realidade local, incluindo:

• Plano de Inteligência de Mercado (PIM), que propôs a criação do Polo Náutico de Tijucas.

• O plano de negócios do Complexo Náutico Tijucas Marine Center (TMC).

• A fundação da Associação Âncora e o desenvolvimento do Plano Brasil Náutico 2050, levando a metodologia para um nível nacional.

O legado de Álvaro Ornelas e do conceito Smart Sea é a demonstração de que, com uma visão clara e estratégias bem definidas, é possível criar modelos de desenvolvimento que não apenas prosperam economicamente, mas também respeitam o meio ambiente e se tornam referências para o setor.

Ornelas. 

#ECONOMIAdoMAR #EssênciaNÁUTICA #SmartSEA 

*Ornelas é um think tank da Essência Náutica do Brasil, Fundador e Presidente da ANCORA (Ass. Náutica de Cooperação em Redes de Apoio à Economia do Brasil do Brasil) também desenvolveu o Pólo Náutico de Tijucas por meio do conceito SMART SEA criado por sua empresa, a OSN CONSULTORIA. É sócios em marinas no Brasil e fundou o Complexo Náutico TMC.  

** Referência Bibliográfica:
WWTC. Relatório  da Competitividade do Turismo Global, 2009, 2011 e 2013.  
Ministério da Economia do Mar. Portugal, 2010. 
Participação na 1º Semana Azul em Portugal, 2010. 
Blue Flag. Pesquisa on line, 2012. 

Imagem: Riverfront Jacksonville. Designed by Gensler.

SMART SEA >>> Ocean KAN - rede de conhecimento dos oceano.

 

Ocean KAN: A sua Rede de Compartilhamento de Conhecimento para Pesquisa

Por Álvaro Ornelas - Revista Mar Catarina

O que é a Ocean KAN?

A Ocean Knowledge Action Network (KAN) é uma rede moderna e transdisciplinar, construída de baixo para cima, que reúne cientistas naturais e sociais, detentores de saberes indígenas, stakeholders, tomadores de decisão, financiadores, facilitadores e parceiros do setor privado. O objetivo é aprimorar a cocriação de ciência e conhecimento sobre os oceanos para um desenvolvimento sustentável.

É uma rede independente, membro da rede global Future Earth. Apoiamos cinco programas da Década da Ciência Oceânica da ONU e ajudamos a gerenciar a rede de voluntários da Marine Life 2030. O Escritório de Projeto Internacional da Ocean KAN está sediado no Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica (CNRS) e é apoiado por um consórcio de agências francesas de pesquisa, além dos centros globais da Future Earth em Paris e no Canadá.

A Ocean KAN Desenvolve Ferramentas para o Compartilhamento de Conhecimento

Equipes de pesquisa transdisciplinares e internacionais enfrentam o desafio de que seus membros usam diferentes plataformas de comunicação, compartilhamento de documentos, idiomas e culturas. Encontrar uma maneira de unir parceiros tão diversos pode ser um desafio para o compartilhamento de conhecimento.

Trabalhando com a Acter.Global, a Ocean KAN codesenvolveu o Ocean KANopy — uma área de trabalho online fácil de usar e com baixa largura de banda. A plataforma permite o compartilhamento de conhecimento entre grupos de trabalho, parceiros de pesquisa, redes e idiomas. Ela possibilita que equipes transdisciplinares reúnam ferramentas de informação e comunicação de um número ilimitado de softwares em um único lugar. Os membros só precisam acessar o Ocean KANopy para encontrar e compartilhar os materiais necessários, mesmo que esses materiais permaneçam nas diversas plataformas digitais de cada membro da equipe.

O Ocean KANopy também pode ser uma solução para sua equipe. Permita que a Ocean KAN crie uma área de trabalho para seu time, seu projeto ou seu consórcio.

A Ocean KAN Conecta seu Conhecimento com o Mundo

Uma Rede de Impacto

O Inner Circle da Ocean KAN já conta com 28 instituições e redes globais, mais de 100 membros e 4 comunidades indígenas representadas, e nosso círculo continua a crescer. Construída como uma Rede de Impacto, a Ocean KAN criou meios personalizados para o compartilhamento de informações em sua comunidade. Além disso, a rede está diretamente conectada a dezenas de milhares de cientistas naturais, sociais e políticos, bem como outros detentores de conhecimento, por meio de seus parceiros da Future Earth, membros do Consórcio do Escritório de Projeto Internacional, a Marine Social Sciences Network e outros parceiros globais.

Compartilhando Conhecimento em Tempo Real

O oceano está mudando rapidamente e, graças à Década do Oceano da ONU, o conhecimento é gerado na mesma velocidade. Esse conhecimento e as lições aprendidas precisam ser compartilhados em tempo real. A Ocean KAN pode ajudar você a comunicar o conhecimento à medida que ele é criado, sem a necessidade de esperar pelo final do projeto, pela redação de relatórios ou pela publicação de artigos.

Amplo Portfólio de Abordagens para Compartilhamento de Conhecimento

A Ocean KAN utiliza vídeos, arte, webinars e curadoria pessoal para canalizar o fluxo de conhecimento daqueles que o criam para aqueles que precisam dele. Temos um comitê diretor de especialistas e profissionais dos oceanos de todo o mundo, cada um com suas próprias redes. Por meio da vasta teia de redes do comitê diretor e da extensa rede de nosso Diretor Executivo, Linwood Pendleton, a Ocean KAN pode levar seu conhecimento para onde ele é mais necessário.

Organização de Eventos e Encontros

A Ocean KAN e seus parceiros oferecem uma rede de organizadores ativos e experientes. Podemos ajudar a planejar ou hospedar suas reuniões — presenciais, online ou até mesmo de forma assíncrona.

Coletivamente, nossos parceiros falam e trabalham em mais de uma dúzia de idiomas. Entendemos que colaborar além das fronteiras significa mais do que ter um botão de tradução na parte inferior da tela. A Ocean KAN está trabalhando com seus parceiros para construir novas formas de colaboração e de realização de reuniões que funcionem em diferentes idiomas, culturas e fusos horários.

A Ocean KAN é uma Parceira de Pesquisa de Nível Mundial

A Ocean KAN é uma organização distribuída; seu Diretor Executivo, equipe, comitê diretor e membros da rede já participaram de dezenas de projetos de pesquisa globais e interdisciplinares. Essa experiência torna a Ocean KAN particularmente eficaz em facilitar o compartilhamento de conhecimento dentro das equipes de pesquisa, entre disciplinas e setores, e com o resto do mundo. Nosso custo operacional é de apenas 10%.

Para mais informações, entre em contato com:

Linwood Pendleton Diretor Executivo, Ocean Knowledge Action Network International Project Office Perfil no Google Scholar LinkedIn

Fonte: Ocean Kan

Imagem: Gerada pelo Gemini