O Mar e o
Pensar
Álvaro Ornelas*
Acabo de ler o livro “La Gioiadi Pensare” de Vittorio
Andreoli (O Prazer em Pensar, obra sem título em Português). Uma ótima reflexão
sobre o mundo atual, que aponta especificamente a falta de respeito e o
sentimento de isolamento que paira no globo. Segundo o autor, “a inveja é um
sentimento desumano que rejeita a convivência. Pessoas invejosas olham
para o que não tem. E desejam roubar quem trabalhou ou nasceu com determinadas
características dadas por Deus”.
Na economia do mar no Brasil, mais especificamente na
indústria náutica, tenho visto espalhar esse tipo de sentimento ao invés de
perceber novos projetos, inovação, ideias com foco no mercado. Ao
escutar comentários maldosos que denigram empresas congêneres,
representantes comerciais e em casos até de mentira (fofoca no popular) começo a entender que
este tipo de atitude, por parte de empresários do setor, possa ser um dos
motivos pelo qual o setor apresenta péssimo desempenho em vendas de forma geral além da crise economica no Brasil.
É hora de pensar e agir diferente! A economia do mar de
Santa Catarina deve estar preparada para o novo ciclo de crescimento econômico
do Brasil e aproveitar as oportunidades que o país oferece perante aos cenários
globais. Ousar também pode significar cooperar “da porta para fora” promovendo
estratégias comerciais integradas, por exemplo. Usar o marketing “Made in SC”
pode dar resultados. Existem boas marcas, e produtos com inteligência
necessária para iniciar a nova forma de promover a cultura do uso do mar, dos
rios e lagos no Estado e no Brasil e vender de forma diferente. Como
benchmarking visito os Boat Shows pelo mundo: Miami, Fort Lauderdale e Gênova. Um
fator comum - todos atraem o cliente para próximo de suas áreas de produção.
Isto diminui custos e oportuniza ao cliente conhecer os investimentos que
existem atrás das empresas que formam os clusters físicos dos quatro pilares da
economia do mar: indústria, comércio, serviços e turismo náutico. Criar espaços
onde as marcas possam diminuir custo de produção é outro aspecto relevante na
estratégia de crescimento integrado a qual a náutica catarinense demanda.
Denegrir a imagem dos pares não mantem empregos, não exingue impostos e a inovação aos empresários do setor que devem aspirar por dias
melhores na náutica catarinense e do Brasil (no mundo já melhou). O caminho é a evolução e não a inveja. É
saudável admirar o que acontece em outros mercados, mas ter em mente uma macro
estratégia construída por todos stakeholders: pode tornar Santa Catarina em uma “super
power" da economia do mar global para produzir, comercializar, prestar
mais serviços náuticos e continuar sendo um importante destino de
cruzeiros e turismo que já é de fato.
O Estado tem potencial para ser referência na economia do
mar abaixo do Equador se ousar de forma cooperada por meio de design, da técnologia e da qualificação em serviços para públicos "high-end".
Este é mais um post do Blog Economia do Mar que nasce para ser um instrumento de informação dos diversos setores da náutica global para ajudar a aceleração da indústria, comércio, serviços e turismo náutico no Brasil. Promover ideias para gerar ações certeiras para resultados consistentes ao mercado.
Suce$$o!
Ornelas.
#ECONOMIAdoMAR #EssênciaNÁUTICA #SmartSEA
*Ornelas é um thinktank da
Essência Náutica do Brasil, Fundador e Presidente da ANCORA (Ass. Náutica de
Cooperação em Redes de Apoio à Economia do Brasil do Brasil) também desenvolveu
o Pólo Náutico de Tijucas por meio do conceito SMART SEA criado
por sua empresa, a OSN CONSULTORIA. É sócio em marinas no Brasil e fundou
o Complexo Náutico TMC.
*** Agradecimento especial a consultora Rosilda DD Riva, da ADDITION Molécula da Inteligência Criativa.