segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Smart Sea >> Bandeira Azul em SC.

 🌊 Destaque Internacional: SC Une Economia do Mar e Conservação

Santa Catarina Brilha no Bandeira Azul com Lições do Mar sobre Crise Climática

Em 2015, o movimento Bandeira Azul em Santa Catarina deu seus primeiros passos par auma parceira inovadora - o turismo e a conservação sócio-ambiental de uniram, com a realização do seu seminário pioneiro, orquestrado pelo Think Tank da Economia do Mar do Brasil, liderado por Álvaro Ornelas. Desde então, as ações de conservação ambiental no estado não apenas cresceram, mas também se tornaram uma referência internacional, especialmente em inovação na educação ambiental. O mais recente exemplo desse pioneirismo é o projeto Oyster Farm Visit (Brazil), que levou a gestão ambiental para o coração da produção marinha catarinense.

Imagem 01: O pioneirismo de SC. Álvaro Ornelas (Economia do Mar do Brasil) liderou o primeiro seminário Bandeira Azul em Santa Catarina, estabelecendo a base para o reconhecimento internacional do estado, melhoria da orla e turismo social por meio da certificação internacional 


A Voz dos Ostreicultores e a Urgência Climática

No dia 30 de Outubro de 2025, o Comitê de Gestão do Programa Bandeira Azul do Iate Clube de Santa Catarina (ICSC), no Centro de Florianópolis, organizou uma visita técnica à uma fazenda de ostras em Santo Antônio de Lisboa. O público-alvo — composto por profissionais, técnicos e a comunidade local — foi a campo para explorar a intrínseca conexão entre a maricultura, o meio ambiente e a urgência da crise climática.

IMAGEM 2: Mobilização em campo. O Iate Clube de Santa Catarina organizou a visita que uniu gestores ambientais, profissionais e a comunidade.


Santa Catarina é o maior produtor de ostras do Brasil e, como tal, depende diretamente da estabilidade ambiental. No entanto, a realidade revelada pelos produtores, como Leonardo, trouxe um alerta direto: as crescentes taxas de mortalidade das ostras, causadas pelo fenômeno El Niño, conectam a crise climática a perdas econômicas reais e imediatas.

Através do engajamento direto com os produtores, da observação das estruturas de cultivo e de discussões técnicas aprofundadas, os participantes entenderam em campo como as variações climáticas afetam ecossistemas costeiros, o sustento de famílias e a segurança alimentar.


IMAGEM 3: Lição da realidade. O ostreicultor Leonardo explica as perdas causadas pelo El Niño, mostrando o impacto direto das mudanças climáticas na Economia do Mar de SC.


Educação Ambiental de Alto Impacto

O projeto Oyster Farm Visit não se limitou à visita. Para estender seu impacto, a iniciativa inclui a produção de um vídeo educativo que compartilhará as lições aprendidas com a comunidade em geral. O objetivo é duplo:

  1. Valorizar a cadeia produtiva da ostra como um elemento-chave da Economia do Mar.

  2. Posicionar a maricultura como um símbolo da urgência climática, incentivando atitudes sustentáveis baseadas no conhecimento adquirido em campo.

A atividade, que mobilizou mais de 40 participantes entre membros e colaboradores do ICSC, serviu como um método eficaz de conscientização e será replicada como um modelo para futuras ações educativas, reforçando o papel do Iate Clube na promoção da sustentabilidade costeira. A mensagem agora tem potencial para alcançar milhares de pessoas nas plataformas digitais do clube, consolidando Santa Catarina como um polo de inovação na conservação do seu litoral de mar.



Texto: 

Revista Mar Catarina, 2025 

Fotos: 

Blue Flag Internacional 


segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Smart Sea >> Conservação Ambiental no MAR CATARINA

 PROGRAMA MANGUE LEGAL: O Mar que Nos Une e Faz Crescer

"O mar nos une, em todos os sentidos" – esta é a poderosa ideia central do consultor think tank da Economia do Mar, Álvaro ORNELAS. Integrar para crescer, olhando para o oceano não apenas como um recurso, mas como um elo vital. Com esta visão, três importantes entidades sem fins lucrativos de Santa Catarina uniram forças para potencializar a conservação dos manguezais do Estado: o Instituto Ambientalista Palhoça Menos Lixo (I.A.P.M.L), a Associação Educativa Shalom de Santa Catarina e a Associação dos Pescadores do Rio Imaruim.

A Força da União e o Valor Inestimável do Mangue

Os manguezais são verdadeiros berçários da vida marinha e guardiões silenciosos do nosso clima. A união dessas lideranças locais – Pescadores, Ambientais e Educadores – deu origem ao PROGRAMA MANGUE LEGAL. O objetivo é claro: implantar projetos inovadores, somando esforços para a conservação e o melhor uso dos recursos naturais por meio de soluções baseadas na natureza e na ciência cidadã.

O foco dos trabalhos é o Carbono Azul, o estoque de carbono armazenado e sequestrado por ecossistemas costeiros como os mangues e as ervas marinhas. Este é um meio econômico e eficaz de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, atraindo o interesse de comunidades científicas e políticas, além de abrir portas para mercados de carbono e financiamento climático. Preservar o manguezal é investir no futuro sustentável do planeta.

Como canta a poesia do oceano, a união é a onda que quebra na praia, que volta e avança com mais força:

"O mar é grande, mas não vive só, É a soma de cada gota que o faz mar. No fluxo e refluxo, um eterno nó: Na união de águas, a força do lugar."

Mangue Legal: Conservação com Ciência e Comunidade

Os manguezais de Santa Catarina receberão novas propostas de conservação por meio dos projetos estruturados pelo Programa. Essa ação conjunta visa aprimorar a gestão e garantir a perenidade deste ecossistema essencial.

Quem se beneficia com o Programa?

  • Gestores Públicos (Municipais e Governo do Estado): Ganham a perspectiva de gestão e operacionalização de um planejamento de conservação robusto, com duração de quatro anos.

  • Empresários Locais e Regionais: Têm a oportunidade de participar de uma ação socioambiental de impacto, viabilizando apoio ao movimento ESG (Ambiental, Social e Governança) com baixo custo.

  • Sociedade Civil Organizada: Sensibilizada e articulada, poderá direcionar seus recursos humanos e financeiros para uma ação de conservação ambiental consistente, criando também espaço para a educação ambiental.

  • Autarquias Governamentais: Terão a oportunidade de incluir em seus planejamentos anuais de investimentos ações focadas em resultados consistentes na conservação do mangue na Região Metropolitana de Florianópolis.

  • Comunidade Local: Incluindo os que vivem e convivem na orla do mangue, como quase 50% da população de Palhoça, e os moradores dos bairros de Joinville, Araquari e Itapoá, todos na Baía Babitonga.

O PROGRAMA MANGUE LEGAL prova que a integração de saberes e forças é o caminho para o crescimento, garantindo que o mar, que nos une geográfica e economicamente, continue a ser fonte de vida e prosperidade para todos.

Faça parte deste trabalho: doe e seja voluntário em nossas ações durante o ano.